Foto: Gildo Bento |
No primeiro dia de testes da nova frota de ônibus, o prefeito Francisco José Júnior reuniu a imprensa e o secretariado para percorrer a linha Universitária. O passeio aconteceu às 15h30 e durante o percurso a população que entrava e saía da linha, não se mostrava satisfeita com a primeira impressão sobre o novo serviço. Já o Movimento Pau de Arara aprovou o serviço.
A aposentada Maria das Graças Nunes estava na linha ocupada pelos integrantes da Prefeitura e destacou que há quase uma hora aguardava na parada. “Cheguei às 14h15 na parada e o ônibus veio passar às 15h10. A princípio não teve muita diferença, só no tamanho do ônibus, que parece que é maior, e o ar-condicionado”, disse.
O estudante José Wedson destacou que pega os ônibus três dias por semana para o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e espera que com o tempo tudo se regularize. Na parada, alguns dos estudantes que subiram reclamavam que esperavam a condução desde às 14h50, o ônibus passou às 16h. “Espero que as coisas realmente melhorem, que venham para que o nosso deslocamento para a escola fique melhor, mas a avaliação do primeiro dia é péssima”, afirmou.
O secretário de Mobilidade Urbana, Charlejandro Rustayne, destacou que ontem começaram a operar 22 novos ônibus, mas que ao todo são 30 e mais cinco de reserva. “Deveríamos começar com tudo funcionando no dia 6, mas antecipamos devido ao boicote da empresa Sideral, que se negou a levar idosos e estudantes com meia passagem”, destacou.
O secretário falou em antecipação, mas na verdade os prazos previstos inicialmente para circulação da nova frota já haviam se esgotado. “Atrasou devido à logística por parte da empresa e da Prefeitura, também tinha a questão da burocracia, Junta Comercial, instalação de escritório. O Município, por sua vez, também teve que criar toda a logística para recebê-los”, explicou.
Alguns estudantes conversavam no ônibus sobre os créditos que foram pagos em junho, que ainda serviriam para julho, mas que nos novos ônibus não estão servindo. Sobre isso, Charlejandro destacou que estas recargas foram para as outras empresas.
“Nós estamos tentando uma transição pacífica. Mas a nova empresa propôs que enquanto isso não acontece, que criemos um sistema específico. Enquanto isso, estamos utilizando a bilhetagem de papel. Já iniciamos com o pessoal da empresa AeC. Nos demais, a população, por enquanto, terá que pagar com dinheiro, e apenas o idoso e a pessoa com deficiência que apresentar a documentação específica, não paga”, disse. Até o próximo sábado, os estudantes que apresentarem a carteira de identificação estudantil também terão direito à gratuidade no transporte. A partir do início da próxima semana, os alunos terão direito ao pagamento, em dinheiro, de meia passagem, também mediante a apresentação da carteira de estudante.
Charlejandro Rustayne destacou ainda que a nova linha do Vingt Rosado não passa pelo IFRN. “As pessoas que utilizavam esta linha tem que pegar a Universitária-Centro”, continuou.
Para o secretário, a avaliação do primeiro dia de testes das novas linhas foi positiva. “Tivemos alguns problemas, alguma correria, mas vamos avaliar os pontos negativos e positivos, as demandas, a questão da otimização do tempo, algumas rotas que mudaram, entre outras questões”, concluiu.
O integrante do Movimento Pau de Arara, Max Medeiros, que esteve com a comitiva, avaliou como positiva a experiência. “Avalio como positiva, uma conquista após três anos de batalha do Pau de Arara. Podemos ver que a luta social realmente vale a pena, mas ponderamos que devemos continuar a luta, pois tínhamos uma pauta de 30 reivindicações e já foram atendidas cerca de 16. Mas realmente a Prefeitura foi muito sensível em atender a esta reivindicação, foi um avanço histórico, que eles consigam manter o formato. Peguei o ônibus hoje [ontem] pela manhã do Vingt Rosado para o Centro e o que ouvi foram pessoas aprovando e parabenizando pela luta. O que faltou foi apenas mais divulgação sobre as novas rotas, mas vamos nos reunir com o secretário para discutir sobre isso, temos consciência de que toda transição é complicada”, disse.
Via Gazeta do Oeste
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