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| Foto: Ney Douglas |
Nos próximos três anos a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) quer transformar completamente o sistema ferroviário disponível hoje à população da Grande Natal, por meio de um projeto de modernização e ampliação, que inclui a extensão da malha até à Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Até 2018 a companhia pretende aumentar o fluxo diário de passageiros dos atuais oito mil para 75 mil, um acréscimo de mais de 800%.
O projeto integral contempla a modernização de 26 estações e a construção de quatro novas. As quatro primeiras já devem ser iniciadas esse ano e concluídas em 2016. As novas estações serão localizadas uma na Avenida das Fronteiras, uma no Bairro Soledade, uma próxima ao Shopping Estação e outra no Bairro Nordeste, todas na Zona Norte de Natal.
De acordo com o superintendente da CBTU, João Maria Cavalcanti, os projetos para as reformas das 26 estações e construção das quatro novas estão em fase de conclusão. A elaboração está por conta da empresa EPC Engenharia, de Belo Horizonte. “Eu estou aguardando agora a empresa entregar os orçamentos que estão no contrato para abrirmos a licitação”.
A previsão orçamentária para o projeto como um todo é de R$ 311,65 milhões. Já para este ano, para a construção das quatro estações na Zona Norte, a previsão é que sejam liberados R$ 67 milhões. Com esse montante, também deve ser feita a modernização de oito quilômetros de via férrea em locais ainda não definidos.
“Os recursos das reformas o governo já nos garantiu que estão assegurados, falta agora a questão da burocrática, a gente concluir esses projetos que estamos aprovando. Efetivamente já vamos começar a construir esse ano”, explica o superintendente.
Os novos aparelhos serão construídos no modelo chamado by pass. “Vão ser estações-ilhas. Os trilhos se dividem em duas linhas quando chegam na estação e quando passam a estação formam uma linha novamente”, explica João Maria. Esse modelo permite a ultrapassagem dos VLTs quando um estiver estacionado. Esta é a primeira fase do projeto de modernização do sistema.
A segunda fase, conforme explica a CBTU, seria a construção da linha marrom, que sairá da Ribeira em direção ao Campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, além da implementação de um anel ferroviário entre as avenidas Capitão-Mor Gouveia e a Rua Presidente Sarmento, no bairro do Alecrim. Contudo, com a entrada do Rio Grande do Norte na disputa pelo centro de conexões de voos domésticos e internacionais do Nordeste (Hub da Tam), investimento do grupo Latam Airlines, houve uma mudança estratégica de prioridades.
“O consórcio que administra o aeroporto entendeu que, para colocar Natal com condições de igualdade de competição junto às outras capitais precisaria, entre as diversas exigências, uma alimentação de VLT ligando Natal ao aeroporto”, destaca.
A linha roxa do tramo Norte, como é chamada no projeto, passará pelo Aeroporto Governador Aluízio Alves, ligando também os municípios de Macaíba e Parnamirim. Os recursos para esta obra específica, no entanto, não estão incluídos no projeto de modernização, que é de R$ 311,65 milhões.
Para a implantação da linha roxa serão necessários mais R$ R$ 249,8 milhões. Com esse recurso serão instaladas dez novas estações e adquiridas cinco composições de VLT. Para esta obra a CBTU elaborou um anteprojeto e o encaminhou para incorporá-lo ao Plano Plurianual 2016 a 2019 da companhia. Com isso a intenção é incluí-lo no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3), de Mobilidade Urbana.
“A inclusão no PAC 3 é o próximo passo. O projeto para a inclusão já está concluído e o governador Robinson Faria e a senadora Fátima Bezerra se comprometeram em fazer as articulações políticas necessárias para incluir esse projeto. Os recursos só estarão garantidos quando esse projeto for incluído no PAC”, detalha Cavalcanti.
Ainda conforme João Maria, a previsão é que o anúncio dos recursos do PAC 3 da mobilidade pelo Governo Federal ocorra até julho desse ano.
Via Novo Jornal
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