sexta-feira, 1 de maio de 2015

RN’s não têm sensores de velocidade

Nenhuma das rodovias estaduais que cortam a capital potiguar possui sensores fixos de fiscalização, sejam radares ou lombadas eletrônicas para o controle de velocidade. A informação foi confirmada pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RN), que também declarou não dispor de qualquer equipamento móvel para tal serviço de acompanhamento do tráfego nas vias. Além disso, faltam sinalização e espaços para ciclistas. Ontem (30), um grave acidente na Rota do Sol, trecho que liga Natal às praias da região Sul, tirou a vida do ciclista Carlos Augusto de Souza, de 51 anos. Segundo a Polícia Militar, o condutor de um veículo Honda Fit prata perdeu o controle da direção, bateu no meio-fio e capotou o carro, atingindo o ciclista. Em teste de bafômetro, após a colisão o motorista, que sofreu leves escoriações, testou positivo para o consumo de álcool.

De acordo com o Fábio Saraiva, coordenador de administração do Detran/RN, um projeto iniciado em 2013 está sendo atualizado, com o objetivo de reinstalar diversos radares fixos nas avenidas Maria Lacerda, Via Costeira e Rota do Sol. “Assumimos em janeiro e, neste período, temos procurado solucionar o problema da fiscalização de trânsito. Os termos do projeto estão sendo organizados, detalhando equipamentos novos, mais modernos. Em seguida, vamos abrir licitação, para encontrar uma empresa, que colocaria os equipamentos e faria o controle, em parceria com o Detran”, comentou.

Contudo, conforme Fábio Saraiva, não há data estipulada para esse trabalho ser concluído. “Não posso dar um prazo final, mas, ressalto que estamos trabalhando efetivamente para dar uma resposta concreta o quanto antes”, disse.

Em 2013, o Detran/RN tentou abrir licitação para acertar um novo convênio, responsável pelos radares. Na época, porém, não houve interessados no processo. “Estou fazendo os levantamentos necessários. Espero que, desta vez, tenha participantes hábeis”, afirmou o coordenador. Questionado sobre uma possível implementação de lombadas de cimento ou “gelo-baianos”, ele foi taxativo: “É tudo uma questão de engenharia de tráfego. Não trabalhamos com paliativos, e sim com soluções definitivas. Então, essa hipótese não é aplicável”.  

A reportagem da TN questionou ainda qual o tipo de fiscalização que vem sendo executada pelo Detran/RN. De acordo com Fábio Saraiva, o órgão tem investido em operações específicas voltadas ao cumprimento do Código de Trânsito Brasileiro.

“A fiscalização utilizada é a humana. Por exemplo, a Lei Seca, que já é conhecida entre a população do Rio Grande do Norte, e barreiras durante a semana para apreender veículos com documentação irregular”, disse. Além disso, o coordenador garantiu que a sinalização das vias está atualizada. “A única que não conseguimos implantar até o momento foi a eletrônica. Por uma questão burocrática. Mas, a instalação e cuidado das placas continua ocorrendo”, pontuou.

Para Márcio Leite, um dos diretores da Associação de Ciclistas do Rio Grande do Norte, a falta de fiscalização aos motoristas e desrespeito às leis de trânsito são os maiores problemas do trânsito. “Desde 2013, tentamos implantar, junto à Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) e ao Detran, uma campanha educativa, que nunca decolou. Só o que tivemos foi muita promessa e pouca rua. Na prática é diferente, tudo permanece no papel”, lamentou.

Via Tribuna do Norte

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