sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Acessibilidade - Nota: 10,0!

A empresa Expresso Oceano, operadora de linhas metropolitanas da Transportes Guanabara, vem dando um péssimo exemplo de acessibilidade em alguns veículos que operam as linhas de Extremoz (121 e 122).

A empresa implantou um eficiente e reconhecido sistema de duas catracas, onde o usuário utilizava, via cartão eletrônico e validador conectado ao sistema GPS, o pagamento de sua tarifa. Na prática, ao subir no ônibus, o usuário informava ao motorista onde iria desembarcar e entregava o cartão eletrônico BEM CARD (cartão utilizado pela empresa Oceano) ao operador, que, por sua vez, calculava o valor da tarifa em um validador e entregava de volta ao usuário. No momento do desembarque, o usuário passava pela catraca da porta traseiro e apresentava seu cartão em outro validador; se o valor informado ao motorista e descontado estivesse correto, a catraca era liberada e o usuário desembarcava; se o usuário tivesse passado do local que informou ao motorista e a tarifa custasse um valor mais elevado que o foi descontado, a catraca do desembarque não era liberada, e o usuário precisava voltar ao motorista, e pagar o restante do valor.

Em tese, até parece complicado. Mas não é! A empresa operadora consegue ofertar a tarifa justa de acordo com o trajeto utilizado pelo usuário - triste de quem acha justo andar 1 km e pagar o mesmo valor de quem anda 25 km, ainda mais em linhas intermunicipais. Esse sistema é o bom e velho ticket que as empresas de ônibus intermunicipais sempre tiveram e ainda tem. Apenas de forma digital, de acordo com a bilhetagem eletrônica. O sistema é o da TransData Smart, e no Rio Grande do Norte, também é utilizado pela empresa Barros, do grupo da Trampolim da Vitória, que, como em tudo que fazem, operam com eficiência. Também está presente em outros estados, como Pernambuco, Maceió e principalmente em São Paulo.

Pois bem! O grande problema é que para esse sistema de duas catracas, é necessário, em muitos casos, retirar catracas próximo da porta de desembarque para poder instalar a roleta e o validador - é o que acontece com os carros da Barros, por exemplo; e foi o que a Oceano fez nos veículos das linhas.

Há um mês, tudo mudou. A empresa voltou atrás e resolveu instalar o sistema de tarifa única nas linhas 121 e 122, deixando apenas uma roleta e o validador. Acabou-se a história de duas roletas!

Mas, esqueceram de colocar de volta os bancos retirados da parte traseira dos veículos. Agora, os ônibus, de modelo Svelto, VIP I e Torino, todos usados de Recife, que operam as linhas de Extremoz, estão com um valoroso espaço vazio internamente. Péssimo em acessibilidade, para qualquer pessoa poder ao menos se segurar no banco (ops, cadê o banco?).

Teria sido desorganização da empresa em não guardar os bancos em seu almoxarifado no momento que os retirou? Falta de atenção em os colocar de volta? Incapacidade de manter o sistema de duas roletas? Ou o quê?

Em tempo: após a empresa Barros ser arrendada pela Trampolim da Vitória, a mesma direcionou veículos duas portas para ela; com o sistema de duas catracas, viu-se a dificuldade em manter gratuidades ou saída de emergência; prontamente, a Trampolim trocou os carros da Barros de duas portas por três portas, e dá essa preferência até hoje. No processo de transição, os ônibus perderam os bancos, mas, ao retornar para a Trampolim, os receberam novamente, junto, inclusive, com os balaústres (barras de apoio). Os carros da Oceano com o sistema de duas roletas já tinham três portas planejados; porém, banco que é bom, só a vontade dos usuários, que acaba se sentando no chão.

Thiago Martins

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